quinta-feira, julho 15, 2010

Amostra - pt 2

Sabrina abriu os olhos depressa, demorando alguns instantes para perceber que acordara de um sonho. “Não é possível”, pensou enquanto se sentava na cama e encarava as mãos perfeitamente limpas, da mesma forma como havia ido dormir na noite anterior. Tinha sido real demais para apenas um sonho, pudera sentir a dor e a angústia em cada partícula do seu corpo.
Ao olhar para o relógio no criado-mudo ao lado da cama, percebeu que era madrugada. A descoberta foi acompanhada por um longo suspiro: ainda podia sentir o eco de todas as sensações experimentadas percorrê-la, seria incapaz de dormir novamente. Encolheu-se, abraçando as pernas e apoiando levemente a cabeça nos joelhos, com os olhos fechados. Por que se incomodar tanto assim com um mero pesadelo? Talvez, pensou ela, porque não fosse apenas um sonho. Abraçou as pernas com mais força enquanto lembrou-se, angustiada, dos acontecimentos estranhos que a rodeavam desde a infância.
Saber o que uma pessoa diria instantes antes que a mesma o dissesse, conhecer perfeitamente algum lugar sem nunca antes ter sequer ouvido falar nele, intuir dados e respostas de problemas antes mesmo de terminar de ler seus enunciados. Meras coincidências, diziam seus pais, fruto de seu raciocínio aguçado de criança superdotada. Para eles era desconcertante perceber que a filha falava, andava e raciocinava mais rápido do que as demais crianças de sua idade, quase como se para ela as pequenas descobertas da infância não representassem uma novidade tão grande assim.
Com dois anos, começara a ler, um pouco antes de três, já estava realizando operações matemáticas. Seus pais, assombrados, levaram-na para consultar-se com especialistas em superdotados – e com três anos Sabrina já tinha iniciado a escola. Aos doze, terminara o ensino médio e, incentivada pelos pais, começara a faculdade de farmácia – não que aos doze anos uma pessoa pudesse fazer uma escolha que já era difícil aos dezoito, mas para que pudesse prosseguir seus estudos em uma área que se sentisse atraída a estudar. Terminara a graduação no fim do ano anterior, com seu trabalho final publicado nas mais renomadas revistas científicas internacionais, coisa que certamente encheria de orgulho seus pais.
Este era um dos acontecimentos estranhos aos quais se referira mentalmente. Aconteceu alguns meses antes de sua formatura. Os pais fariam uma viagem a trabalho e, quando lhe contaram, a reação foi imediata: começou a gritar e chorar em desespero para que eles não fossem, pois seria uma viagem sem volta. Entretanto, por mais que chorasse e gritasse, não lhe deram ouvidos. Apesar de superdotada, ainda tinha quinze anos, não estava imune a chantagens emocionais para que os pais pudessem ficar com ela. Mas não era nada disso, queria impedir que uma tragédia acontecesse! Mas, como raramente lhe davam ouvidos, no dia marcado os pais foram viajar – e, conforme previsto, foram vitimados por um acidente.
Não sabia se chorava pela perda ou por não ter sido convincente o suficiente para impedi-los de partir. Mas, como ainda tinha sua própria vida para tomar conta, ficara no apartamento enorme e cheio de lembranças até o aniversário de dezesseis anos, quando pudera alugar o apartamento pequeno em que atualmente morava. Não quis morar com nenhum parente - a bem da verdade nenhum dos poucos parentes distantes demonstrou algum interesse em acolhê-la - e em seu íntimo, era melhor mesmo ficar sozinha. Afinal, não tinha nenhum amigo ou pessoa próxima, por que deveria compartilhar sua vida com estranhos?
Após a formatura, um de seus professores, que fora amigo de seus pais e se afeiçoara a ela, encaminhou-a para trabalhar no Instituto Andrade, que estava desenvolvendo um projeto semelhante àquele que ela desenvolveu na universidade. Para ela estava ótimo, afinal estaria dentro do laboratório, que era o que mais gostava de fazer, e poderia esperar o passar dos anos – qual empresa contrataria uma garota de dezesseis anos para seus quadros?
Ao olhar novamente para o relógio, suspirou profundamente: quatro da manhã e não conseguiria dormir de novo...
Depois de mais algumas horas de divagações, percebeu que a luz do sol invadia lentamente seu quarto, para lembrá-la de que precisava se levantar e ir trabalhar. Em um pulo, a garota já estava no banheiro, atirando as peças do pijama no chão. Abriu o chuveiro e, sem hesitar, entrou de uma só vez. Era bom sentir a água batendo em seu corpo... Tinha altura mediana e fazia o tipo mignon – e como torcia para que pudesse ganhar alguns centímetros de altura e vários de seios e quadris até sua fase de crescimento terminar!
Saiu do banho rapidamente e enrolou uma toalha nos cabelos molhados. Vestiu a primeira calça jeans e a primeira camiseta que encontrou em seu guarda-roupa e calçou um par de tênis, antes de sentar-se próxima à penteadeira antiga, que já estava na família há várias gerações. Remexendo uma gaveta, achou um tubo de corretivo, que passou na região dos olhos para tentar camuflar as olheiras: a pele clara não era favorável para escondê-las a contento, além de que os olhos verdes atraíam bastante a atenção para seu rosto.
Após um rápido café da manhã, desenrolou os cabelos com uma rápida interjeição de desgosto: aquela era sua luta diária, tentar arrumar os cabelos longos, com algumas leves ondulações e de um tom loiro-escuro, mas que eram terrivelmente armados! Após penteá-los, jogou um prendedor dentro de sua bolsa e decidiu que já estava pronta para sair.
Não morava a mais do que três quadras de distância da estação de metrô que, como na maioria dos dias, estava lotada. Com mais meia hora de viagem e dez minutos de caminhada, estava entrando no prédio onde trabalhava, cumprimentando alegremente o porteiro. Ao caminhar rumo ao laboratório, repassava mentalmente as tarefas do dia: precisava verificar o andamento de seu experimento, conferir a lista de materiais, analisar como as cobaias estavam reagindo... Era difícil lembrar-se de tudo ainda incomodada pelas imagens do pesadelo de algumas horas antes, mas não podia deixar que sua vida fosse atrapalhada por sonhos mais realistas do que o habitual...
Nem percebeu que já estava no laboratório e vestia o jaleco, enquanto Amanda, a outra funcionária, a cumprimentava gentilmente. Respondeu ao cumprimento em um modo automático, enquanto aproximava-se da estufa onde deixara os reagentes no dia anterior. Era impossível parar de pensar, era impossível não sentir o cheiro do sangue enquanto analisava uma amostra no microscópio, não pensar no sofrimento enquanto ouvia a colega conversar com alguma outra pessoa que viera verificar alguma coisa naquele laboratório, não sentir a dor da morte em seu corpo enquanto pesava os camundongos e verificava como estavam indo! E o desespero de quem tinha visto seu próprio mundo ser destruído diante de seus olhos, era impossível não pensar em tudo aquilo que vivenciara durante a noite!
-- Está tudo bem, Sabrina?
A garota olhou para sua interlocutora que a observava com uma expressão de surpresa, enquanto percebia que estava prestes a adicionar um reagente errado a uma fórmula em sua frente.
-- Sim, tudo bem sim! - Disse em um sobressalto.
Amanda lançou-lhe um olhar de preocupação e voltou sua atenção novamente para suas atividades. A companheira ainda era uma adolescente, então não era de se espantar que estivesse com a cabeça nas nuvens e distraída de vez em quando – mas tal distração poderia ser mortal em um laboratório e ela precisava estar consciente disso, de que poderia representar um risco para si mesma e para os demais.
A adolescente, por sua vez, olhava para as próprias mãos enquanto fazia algumas anotações em uma prancheta. Estavam perfeitamente limpas debaixo das luvas, mas ainda podia ver o sangue e a terra nelas, ainda podia sentir a dor dos ferimentos pelo corpo. Por que tais sensações não a deixavam? Em sua vida tivera pesadelos tão mais assustadores do que aquele, então por que não parava de remoê-lo? Por que não conseguia esquecer as sensações experimentadas, não conseguia trazer sua mente novamente para o trabalho?
Colocou a prancheta sobre a bancada e apoiou suas mãos, respirando fundo. Fechou os olhos, procurando apagar de sua mente aquelas sensações, procurando concentrar-se em qualquer outra coisa. Porém, ao invés do consolo que procurava, foi invadida por imagens ainda mais vivas e apavorantes: o prédio do centro de pesquisas tomado pela fumaça e pelas chamas, enquanto tudo se consumia aos poucos: laboratórios, salas, vidas! Era como se passeasse por ali sem estar lá, podia observar o transcorrer dos fatos em pânico: as sirenes dos bombeiros, alguns sobreviventes sendo atendidos por ambulância, a dor de quem perdera amigos e conhecimentos naquele lugar. Sabia não se tratar de uma ilusão ou alucinação: era a mesma, a mesmíssima sensação de quando pudera prever a morte de seus pais – a certeza absoluta de que aquele era o futuro, de que os fatos iriam acontecer daquela maneira exata e a vontade de impedir a realização daquilo que vira que a dominava por completo.
Sua reação imediata foi gritar, como se assim pudesse espantar todos os seus fantasmas, pudesse impedir que aquelas cenas horríveis virassem realidade! Levou as mãos à cabeça, ainda gritando, como se fosse mais um pesadelo, desejando que fosse apenas mais um pesadelo! Amanda, mais do que depressa, parou o que estava fazendo e se aproximou da colega, agarrando seus pulsos e afastando-os para que pudesse olhar diretamente para seus olhos:
--Sabrina, olha para mim, agora!
-- Tudo vai explodir, vai pelos ares, precisamos sair daqui, precisamos sair daqui agora, precisamos avisar aos outros... - a garota não conseguia formular pensamentos conexos.
-- Sabrina! Acalme-se! - A pesquisadora sacudiu levemente a colega, em uma tentativa de fazer com que se acalmasse.
-- Precisamos ir embora daqui agora e avisar a todos os outros! - A adolescente respondeu, com lágrimas nos olhos.
Amanda respirou fundo, enquanto pensava em qual atitude podia tomar. Era o que lhe faltava, não havia nada em seu contrato que dissesse sobre socorrer pessoas no meio de crises nervosas! Sabia apenas que naquele estado mental, Sabrina representava um perigo iminente. Era melhor não correr nenhum risco desnecessário permitindo que ela continuasse ali pelo resto do dia. Pegou a companheira pelo braço, ainda transtornada, não se esquecendo de dar-lhe a bolsa, e foram andando juntas até o corredor:
-- Não podemos ficar aqui hoje, você não entende? Vai haver um acidente, o prédio vai pelos ares, tudo vai ser destruído!
-- Pssh... Não precisa falar tão alto e assustar as pessoas. Dá para perceber que não está tudo bem com você. O que acha de ir para casa e descansar pelo resto do dia? Amanhã você retoma os experimentos e tudo estará bem melhor, vai ver só!
-- Mas Amanda, você não entende o que está para acontecer?
-- Vou conversar com o Professor Andrade, não haverá problema nenhum para você por ir embora mais cedo por hoje, tudo bem?
-- Mas não quero ir embora, quero avisar a todos, quero impedir que o pior aconteça!
-- Calma, fique calma que tudo vai se resolver.
Neste ponto, as colegas já estavam fora do prédio e Amanda fazia sinal para um táxi. Não sabia que reagentes químicos podiam causar delírios, mas teria uma conversa séria com o Professor Andrade sobre os acontecimentos daquela manhã: será que era mesmo recomendado ter uma garota de dezesseis anos que perdera os pais recentemente no laboratório? Não seria melhor pagar-lhe algum tratamento psiquiátrico para evitar que surtos como aquele acontecessem novamente e, enquanto não se assegurava que tudo voltara ao normal, mantê-la em casa? A pesquisadora colocou a adolescente no banco de trás do carro e disse ao motorista, após explicar o endereço do destino e dar-lhe algum dinheiro:
-- Não dê ouvidos ao que ela diz, ela está no meio de um surto, está tendo delírios. Leve-a para casa, tudo bem?
-- Avise os outros, Amanda, eles precisam ir embora agora, antes que seja tarde demais!
-- Vai ficar tudo bem... - foi tudo o que ela disse antes que o carro desse a partida.
Sabrina engoliu em seco ao perceber que o táxi andava depressa e dar-se conta da cena que tinha aprontado pouco antes. Não pensava que Amanda ou alguma outra pessoa fosse capaz de compreender o que era ter aquele tipo de visão e saber que correspondia a um destino imperioso, mas não precisava agir como uma maluca! Passou a mão pela testa, molhada de suor, enquanto respirava e tentava ficar calma novamente, pois certamente ninguém daria crédito a alguém que gritasse que o mundo iria acabar a plenos pulmões no meio de uma rua movimentada.
-- Moço, a gente pode voltar? Acho que esqueci meu material no laboratório...
Conforme as instruções recebidas, o motorista ignorou o que a garota disse e continuou seu caminho pela avenida, aproveitando que todos os sinais estavam verdes e não precisaria ficar retido. A adolescente sentiu-se tomada pelo desespero, enquanto não podia mais controlar a tensão e ansiedade de sua voz:
-- Moço, por favor, eu preciso voltar, me leva de volta!
-- Não podemos voltar agora, menina, já estamos quase no destino.
Sabrina conhecia as ruas da redondeza muito bem para saber que ainda demorava um bom pedaço para chegar em sua casa. Precisava ser convincente o suficiente para fazê-lo voltar, precisava evacuar o prédio! Precisava fazer com que acreditassem nela!
-- Por favor, me leva de volta, eu pago o dobro, o triplo do valor da corrida, mas eu preciso voltar para lá!
Sabrina chorava enquanto pronunciava essas palavras, fazendo com que o motorista de táxi desviasse um pouco a atenção do caminho e a observasse um pouco: a menina parecia tão transtornada que não podia acreditar totalmente que não havia motivo para levá-la de volta! Ele mesmo tinha filhas adolescentes e sabia o quanto coisas que para ele pareciam banais para elas representavam verdadeiras tragédias. Talvez não houvesse nada de tão grave assim para que não pudesse levar a garota de volta ao laboratório, ela estava se comportando até muito bem para quem estava no meio de um surto ou de uma crise nervosa... Podia se arrepender do que estava fazendo, mas a levaria de volta ao prédio, conforme sua vontade.
-- Olha, mocinha, vou descer a próxima rua para procurarmos um retorno mais rápido na Marginal, tudo bem?
Sabrina sorriu entre as lágrimas, aliviada, porém tal sensação durou pouco tempo: o carro virou a esquina indicada apenas para deparar-se com um congestionamento a perder de vista! A garota levou as mãos à cabeça, não acreditando que aquilo estivesse acontecendo, enquanto continuava a falar:
-- Não podemos voltar de ré, não tem jeito, nenhum jeito de sairmos daqui?
Não foi necessária uma resposta. Ao olhar para trás, podia ver a fila de carros que já havia se formado atrás do táxi, tornando impossível qualquer manobra. Estavam presos no congestionamento, não havia nenhuma escolha possível a não ser esperar que o fluxo pudesse ocorrer, nem que vagarosamente, para que pudessem virar em qualquer rua e escapar dali!
A garota já não sabia há quanto tempo estavam parados ali: quinze minutos, meia hora, alguns segundos... A noção de tempo já tinha deixado de existir diante do desespero – e tinham andado pouco mais de cinquenta metros neste meio-tempo! A próxima rua pela qual poderiam sair estava dali a cem, será que seria possível alcançá-la antes que fosse tarde demais? Remexia-se no banco de trás do carro: passava a mão pelo rosto, mudava de lugar, olhava pelas janelas esperando ver alguma solução para sair dali! O motorista de táxi procurava uma estação de rádio enquanto dizia, calmamente:
-- Pelo jeito vamos nos atrasar um pouco...
Sabrina colocou as mãos sobre o rosto. Não havia um pingo do consolo desejado naquelas palavras, mas o que poderia fazer naquele momento? Em um impulso súbito, abriu a bolsa depressa, procurando o telefone celular, talvez pudesse ligar para a portaria ou mesmo para o Professor Andrade! Entretanto, não pôde segurar um grito ao se dar conta de que deixara o aparelho em casa! Cada minuto era fundamental, precisava fazer alguma coisa!
Seu desespero transformou-se em pânico quando ouviu as primeiras sirenes e as primeiras ambulâncias correndo em disparada do outro lado da marginal. Caso fosse um acidente de trânsito ou alguma outra eventualidade habitual, não haveria a necessidade de tantos carros – havia acontecido algo realmente grandioso.
Em um impulso, abriu a porta do táxi, parado no congestionamento, e começou a correr no sentido contrário, naquele que as ambulâncias seguiam, numa esperança cega de conseguir chegar a tempo. Tal esperança não durou mais do que alguns metros, até que a jovem caiu de joelhos no chão, não conseguindo mais segurar as lágrimas e os gritos de desespero.
Novamente falhara, não conseguira fazer Amanda acreditar nela, não conseguira voltar a tempo de tentar avisar a alguém, não conseguira mudar o futuro que enxergara! E, novamente, tinha perdido seu próprio mundo...
Não percebeu que o taxista a amparara e levara de volta para o carro, ainda sem entender o que havia com ela, nem que ele ouvira no rádio a notícia sobre a explosão de um laboratório na Zona Norte, associara todos os fatos e fizera algumas perguntas, nem que conseguira explicar o caminho de casa, nem que chegara. Apenas voltou a si quando notou-se deitada em sua cama, abraçada a um travesseiro, chorando todas as lágrimas que tinha e que não tinha.

*~

Sabrina abriu os olhos devagar, incomodada pelo barulho do telefone celular que tocava sobre seu criado-mudo. Não percebera que tinha adormecido, talvez tudo aquilo fosse um pesadelo da qual acabara de acordar! Os olhos inchados e ardidos rapidamente demonstraram que não, que tudo aquilo ocorrera de verdade, que aquele não era um pesadelo da qual poderia acordar. Estendeu o braço para pegar o telefone:
-- Alô?
-- Sabrina, está tudo bem?
-- Professor Andrade! - Ela exclamou, em êxtase. - O senhor está vivo! Como estão todos, o que houve, estão todos bem?
-- Calma, teremos tempo para isso mais tarde. - O cientista disse com uma estranha frieza para quem acabara de perder seu laboratório em um acidente. - Amanda me contou o que aconteceu hoje pela manhã.
-- Então todos foram avisados? - O êxtase aumentava a cada palavra.
-- Bom, gostaria de conversar com você hoje. Pegue um táxi às oito horas e venha para o endereço que direi agora. Tem uma caneta por perto?
Sabrina pulou rapidamente até a sala e anotou o endereço fornecido pelo professor, que não estendeu a conversa além deste ponto. Ao reler o endereço, com calma, estranhou nunca ter ouvido falar naquela rua e naqueles pontos de referência anteriormente, mas São Paulo era uma cidade tão grande que a afirmação de que a conhecia por inteiro seria impossível. Agora, restava esperar pela hora combinada e torcer para que tudo estivesse bem! Se todos estivessem a salvo, logo reconstruiriam uma nova sede e poderiam retomar as pesquisas!

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